Como explicar aos filhos?

nokas escreveu:

Já não bastava o que eles andam a passar em casa e já tem outro tipo de problemas...

Quando é que a "violência" escolar passou a ser algo comum no nosso dia a dia? Quando as disputas infantis passaram a ser resolvidas com violência?
O que fazer nestas situações?

Perguntei ao meu filho mais velho, como foi o dia.
- "Foi bom mãe! Mas as meninas e os meninos discutiram, não foi nada comigo, mas um menino chamou "chorinhas" a uma menina, eu disse para ele não chamar nomes e levei uma estalada..."

Perguntei se tinha chamado a Professora, algum adulto!?
- "Sim Mãe chama-mos! A professora disse que os meninos eram MALUCOS!!!!"

Estou sentada no sofá a ponderar se vou ou não , se aviso o pai ou nao?!!!! Qual a atitude correcta, espero que volte para casa, e me conte o dia ou vou a escola?

Olá Nokas,

Fala com o pai e ambos deviam marcar uma reuniao na escola com a directora de turma.

Dependendo da gravidade e da idade das crianças, pode ser razoavel pedir uma reuniao alargada onde estejam tambem os pais da criança que agrediu.

Acho que nestas coisas nao ha q facilitar...

Abraço

Boas e obrigado pelas palavras... Eu e o pai falamos com o nosso rebento, a situação já foi "controlada" e algumas crianças foram repreendidas. Mas confesso que fiquei mesmo muito preocupada com esta situação... Mas enfim, para a semana tenho reunião escolar, e nessa situação também terei algumas noções se o meu inocente rebento è realmente inocente!

Olá!

Venho em busca de umas palavras experientes, porque estou no início de um processo que se antevê muito feio e doloroso. Embora não seja já, tenho que tomar algumas decisões e estou um pouco perdida.
Vamos dar início a um processo de divórcio, e embora não esteja ainda definido como vai correr, prevejo que não haja acordo quando nem sequer há diálogo.
Mas o que me preocupa no fundo da minha alma é a minha filha.

Tenho uma filhota de 2 anos, que está bastante avançada para a idade, em termos de linguagem e compreensão.
Na noite em que saiu, o pai tentou arrancá-la dos braços da avó materna, numa tentativa de a levar à força, o que a deixou a chorar desalmadamente, cerca da meia-noite. Consegui acalmá-la, mas fartou-se de acordar aflita durante a noite, a chorar e a chamar por mim. Algo perfeitamente compreensível. O que não entendo é que no dia seguinte, não falou dele uma única vez, nem quando acordou e não o viu como de costume, nem durante o dia. Não me parece normal. Fui eu que acabei por puxar o assunto desinteressadamente, dizendo que o pai voltou para o trabalho. Como ele trabalha no estrangeiro e vem a casa de 3 em 3 meses, já sei que nos dias logo a seguir à partida dele, ela não costuma falar, mas fica mais agitada. Contudo, desta vez, ela assistiu e infelizmente (algo que nunca lhe perdoarei!!) foi arrastada para uma situação mais violenta. Será normal ela não falar? Eu tenho tentado falar sobre as coisas de forma natural, como faço das outras vezes que ele vai, mas ela continua a brincar e não reage de forma especial.
Eu pergunto-me: será que esta história (e imagens) está dentro da cabecinha dela e ela não demonstra? Como devo abordar a questão de o pai a ter tentado tirar à força do colo da avó e de ela ter começado a chorar, até me ver a mim a chorar e ter ficado muito preocupada? Será que não devo falar nisso? É que ela só tem 2 anos, mas fala como se tivesse 3 anos ou mais e aplica no contexto certo algumas coisas que vai ouvindo das conversas dos adultos.

Vou tentar proteger a minha filha ao máximo, mas sei que o pai não vai ter o mesmo cuidado. Aliás, nós estamos de férias em casa dos meus pais, onde estávamos a passar uns dias, quando isto tudo se precipitou. Eu disse que o pai tinha voltado ao país onde está, mas ele disse-lhe, quando finalmente telefonou (3 dias depois de ter saído assim) que estava em nossa casa. Mais uma situação que ela não comentou. Não sei se não ouviu, porque havia um pouco de barulho, ou se é mais uma ideia em que fica a matutar... Tenho falado nisso também, desinteressadamente, mas não vejo sinais...

Enfim, estou perdida, porque esta idade é complicada. Pelo menos não tenho que explicar a ausência do pai, porque a isso ela já está habituada.

Paulita
Não tenho a mais pequena dúvida de que a tua filha se apercebeu de que desta vez a despedida não foi igual às outras.
As crianças têm um poder de compreensão que nós muitas vezes substimamos porque achamos que" eles são pequenos e não entendem"...
Na minha opinião só se "tiram os macaquinhos da cabeça" quando se fala abertamente sobre o assunto,seja ela qual for a cabeça e sejam eles quais forem os "macaquinhos"...
Por muito que custe,eu abriria levemente o jogo e sem tentar dissimular explicaria" levemente"
aquilo que ela já percebeu mas que provavelmente tb não quer falar porque sabe que também tu e a avó estão tristes(afinal de contas choraram e ela viu certo?)...talvez o silêncio dela seja uma tentativa de te proteger a ti...
Se fosse comigo,eu falaria...
A experiência de 26 anos que tenho com crianças,ensinou-me que as crianças gostam e precisam da verdade...e é melhor que venha a sabe-la por ti até porque tens consciêncis de que o pai não terá esse cuidado.
Bj e coragem porque uma conversa séria com uma criança ás vezes obriga-nos a ter um grande poder de argumentação.

Olá Paulita,

Estás a falar de uma bébé.

Os bébés com essa idade têm uma memoria muito curta e provavelmente em 2 ou 3 semanas tudo isso se apagou.

Se ela está calma, eu deixaria andar mas de qualquer forma, para que fiques tranquila, fala com profissionais que te possam esclarecer.

E tenta prevenir o futuro para evitar que a criança e tu, sejam expostas a situações de violencia.

Abraço

Espero mesmo que tenhas razão, Mario.
Ela não pára de falar no carro. Nunca andou noutro carro que não o nosso, porque sempre foi lá que teve a cadeirinha. Mas como ele levou o carro (lá teve o bom senso de deixar a cadeirinha), tive que instalar no carro do meu irmão, que por sorte não está cá uns tempos.
Todos os dias fala no carro e diz que o papá levou o nosso carro. Já lhe expliquei que ele precisava do carro para ir apanhar o avião, que o carro também é dele, que não faz mal, que nós emprestámos o carro ao papá e o tio nos emprestou o carro a nós, mas parece que continua a fazer-lhe confusão. Tanto mais que quando saímos, ela não pára de dizer para eu ter cuidado, para ir devagar! Não entendo, nunca me disse isso!
Já falei com uma amiga psicóloga, que disse para tentar falar com ela através de encenações com bonecos. Já o fiz e aparentemente está tudo normal (tirando a história do carro, claro).
Alguém me consegue explicar?

Li por alto e penso este ser o tópico ideal para postar a minha situação.
Então vamos lá.
Eu sou divorciado à uns anos, já algumas vezes tentei refazer a minha vida com alguém mas sem sucesso. Recentemente conheci uma senhora e damos inicio ao namoro. Temos estado a dar-nos bem e aos poucos o namoro tem evoluido. Ela já veio a minha casa e eu já fui a casa dela, mas com a ausencia do filho, tinha ido a tarde de Domingo ao pai. Este fim de semana seria suposto sairmos os três, ou em opção seria suposto eu ir a casa dela e vermos um ou dois filmes, ou outra coisa que fosse onde o filho dela também participasse. Acontece que o filho dela não me aceita, ou segundo ela diz, não aceita que a mãe tenha um namorado.
Caso me saibam dar alguns conselhos no sentido de conseguir resultados eu agradecia.

Outros dados:
-Segundo ela me disse, em casada foi vitima de traições, e de outras situações que segundo diz, o filho nunca devia ter assistido.
-Eu apenas estive com ela e com o filho duas vezes. A primeira foi quando fomos os quatro ver uma exposição de motas. Digo os quatro porque o meu filho também foi e foi a primeira vez que estivemos os quatro juntos. Havia pouco à vontade entre todos. A segunda vez foi no passado dia de carnaval, que dada a folia não houve lugar a grande convivência, mas nesse dia foi apenas eu, ela e o filho dela.
-O filho dela tem 11 anos feitos à pouco tempo. O meu está quase com 14.

Por agora é tudo. Agradecia comentários e conselhos. O que for vendo em falta vou acrescentando.
Já agora, o meu filho vive comigo durante a semana e os fins de semana com a mãe.

JAlexandre escreveu:

Li por alto e penso este ser o tópico ideal para postar a minha situação.
Então vamos lá.
Eu sou divorciado à uns anos, já algumas vezes tentei refazer a minha vida com alguém mas sem sucesso. Recentemente conheci uma senhora e damos inicio ao namoro. Temos estado a dar-nos bem e aos poucos o namoro tem evoluido. Ela já veio a minha casa e eu já fui a casa dela, mas com a ausencia do filho, tinha ido a tarde de Domingo ao pai. Este fim de semana seria suposto sairmos os três, ou em opção seria suposto eu ir a casa dela e vermos um ou dois filmes, ou outra coisa que fosse onde o filho dela também participasse. Acontece que o filho dela não me aceita, ou segundo ela diz, não aceita que a mãe tenha um namorado.
Caso me saibam dar alguns conselhos no sentido de conseguir resultados eu agradecia.

Outros dados:
-Segundo ela me disse, em casada foi vitima de traições, e de outras situações que segundo diz, o filho nunca devia ter assistido.
-Eu apenas estive com ela e com o filho duas vezes. A primeira foi quando fomos os quatro ver uma exposição de motas. Digo os quatro porque o meu filho também foi e foi a primeira vez que estivemos os quatro juntos. Havia pouco à vontade entre todos. A segunda vez foi no passado dia de carnaval, que dada a folia não houve lugar a grande convivência, mas nesse dia foi apenas eu, ela e o filho dela.
-O filho dela tem 11 anos feitos à pouco tempo. O meu está quase com 14.

Por agora é tudo. Agradecia comentários e conselhos. O que for vendo em falta vou acrescentando.
Já agora, o meu filho vive comigo durante a semana e os fins de semana com a mãe.

Eu acho que o menino já tem idade suficiente para entender que não pode mandar na vida da mãe e que a mãe tem o direito de se envolver com outra pessoa. O filho da tua companheira tem de entender que nem todas as pessoas são iguais e por ter acontecido uma vez não significa que volte acontecer. Pessoalmente acho que deves continuar a ser tu e tenta interagir com ele sem grandes exageros.
Com o tempo acaba por se habituar.

Segundo apurei na troca de sms com a mãe, o filho disse que se eu fosse lá a casa ele preferia vir para a rua como se fosse um garoto abandonado; e se ela se viesse encontrar comigo na rua ele preferia ficar em casa sozinho.
Não escondo que para mim custa-me bastante ter conhecimento do pensamento do garoto a meu respeito,... ou a respeito do namorado da mãe.
Ela falou-me por alto que houve tempos em que o garoto tinha atitudes de rebeldia, abrandou quando foi viver para casa dos pais durante um ano no pós-divórcio, mas agora tem voltado a ter essas atitudes, ao ponto de ter medo de lidar com ele quando já for mais crescido (palavras dela).
Quando fomos ver o carnaval, enquando estivemos a aguradar a nossa vez para descer no ascensor, um miudito com uns dois anos engraçou com o filho da minha namorada por, suponho, ele ter o cabelo grande. O filho da minha namorada nem um sorriso esboçou, antes pelo contrário, fez cara séria e uma expressão que parecia dar completo desprezo, mas sem deixar de olhar para o bebézito. Achei aquela atitude meio estranha...

JAlexandre escreveu:

Segundo apurei na troca de sms com a mãe, o filho disse que se eu fosse lá a casa ele preferia vir para a rua como se fosse um garoto abandonado; e se ela se viesse encontrar comigo na rua ele preferia ficar em casa sozinho.
Não escondo que para mim custa-me bastante ter conhecimento do pensamento do garoto a meu respeito,... ou a respeito do namorado da mãe.
Ela falou-me por alto que houve tempos em que o garoto tinha atitudes de rebeldia, abrandou quando foi viver para casa dos pais durante um ano no pós-divórcio, mas agora tem voltado a ter essas atitudes, ao ponto de ter medo de lidar com ele quando já for mais crescido (palavras dela).
Quando fomos ver o carnaval, enquando estivemos a aguradar a nossa vez para descer no ascensor, um miudito com uns dois anos engraçou com o filho da minha namorada por, suponho, ele ter o cabelo grande. O filho da minha namorada nem um sorriso esboçou, antes pelo contrário, fez cara séria e uma expressão que parecia dar completo desprezo, mas sem deixar de olhar para o bebézito. Achei aquela atitude meio estranha...

Ao que descreves eu chamo birra.
A melhor pessoa para ter mão no rapaz é a tua namorada.

Discordo!


A melhor pessoa para ter mão na criança é a mãe e o pai!

Nestas idades é normal a criança (porque é uma criança de 10 anos) não querer dividir os pais com mais ninguém. Aceitar uma 3ª pessoa que será um "substituto" do pai (não como pai, mas como companheiro da mãe), põe em causa tudo quanto a criança tomava por garantido.
Ontem, a familia era ele e os pais. Hoje, estão cada um para seu lado e com eventuais novos companheiro(s). Onde ele fica? Onde ele pertence ou encaixa? Ele está a lutar para não haver mais mudanças. Nem mais dúvidas.

Além disso, geralmente, o pai pode namorar, mas a mãe NÃO.


O papel do pai também é importante. Qual a influência do pai na criança?
Se o pai não apoia que a ex-esposa reconstitua a vida, isso será transmitido à criança, dando apoio às "fugas" dele. Criticando a mãe e por aí .


Sugiro paciência e MUITA, porque vai demorar muito tempo. Começe por ser amigo dele. Fazendo programas que agrade a ambos. Fale com ele, a seu tyempo, que não quer substituir nunguém, mas serem felizes, porque é que todos querem.
E a mãe não pode "despachar" o filho sempre que queira namorar. Só alimentará ainda mais a revolta da criança. Ela que mantenha uma relação a 3. Mantendo a relação com o filho, sem o afastar, incluindo você.


Boa sorte

Dividida escreveu:

Discordo!
...................
Além disso, geralmente, o pai pode namorar, mas a mãe NÃO.

O papel do pai também é importante. Qual a influência do pai na criança?
Se o pai não apoia que a ex-esposa reconstitua a vida, isso será transmitido à criança, dando apoio às "fugas" dele. Criticando a mãe e por aí .


Sugiro paciência e MUITA, porque vai demorar muito tempo. Começe por ser amigo dele. Fazendo programas que agrade a ambos. Fale com ele, a seu tyempo, que não quer substituir nunguém, mas serem felizes, porque é que todos querem.
E a mãe não pode "despachar" o filho sempre que queira namorar. Só alimentará ainda mais a revolta da criança. Ela que mantenha uma relação a 3. Mantendo a relação com o filho, sem o afastar, incluindo você.


Boa sorte

O miudo só vai passar com o pai uma tarde de Domingo por mês, mas aquela frase a negrito é o que possivelmente estará a passar na cabeça dele.
Ser amigo dele de momento é complicado. Ele falou para a mãe que eu era chato, feio, e perguntou porque ela tinha de arranjar namorado, perguntou se já estava farta dele...
A mãe neste momento pondera terminar o namoro por causa do filho...

Uma relação com crianças envolvidas é sempre complicado e sensível.


Felicidades e Boa Sorte.

Por ser uma questão importante e pertinente, vamos manter o tópico ativo, esperando que todos contribuam com as suas experiências/opiniões.