Qual é o acordo das visitas pai-filho? Qual é o vosso caso?

Ola

Falei na guarda partilhada com a minha mulher e ela não acha boa ideia e diz que está decidida a levar as minhas filhas com ela.
Não sei que fazer...se por um lado não queria que esta separação já por si dolorosa fosse litigiosa e conflituosa por outro não me quero separar das minhas filhas que são a razão da minha existencia.
O que fazer neste caso? Que direitos tenho como Pai? Estou confuso e triste...

Propoe ficares tu com as filhas e ela ver um fim de semana de 15 em 15 dias e sempre que ela quiser ver as filhas! Se ela nao aceitar, recomenda a partilhada.....
Legalmente? A crinça tem o direito aos dois pais por igual. Na prática? As maes sao beneficiadas. E aqui nunca vi nenhuma a lutar contra.

fsonecas escreveu:

Propoe ficares tu com as filhas e ela ver um fim de semana de 15 em 15 dias e sempre que ela quiser ver as filhas! Se ela nao aceitar, recomenda a partilhada.....
Legalmente? A crinça tem o direito aos dois pais por igual. Na prática? As maes sao beneficiadas. E aqui nunca vi nenhuma a lutar contra.

Mas ela está decidida a ir embora de casa e esse argumento não vai servir...O que gostava saber é que tipo de direito tenho como Pai. Ela diz que passa muito mais tempo com elas do que eu...e como tal vai continuar a passar mais tempo só que noutra casa...Acho que isso não é justo e legal mas não queria nem quero litigar com ela pois as minhas filhas é que ficarão prejudicadas...

Cada um sabe de si.
Não posso argumentar sobre algo que não sei.
Repara, imagina um pai, que por força do trabalho, ou não, sempre foi um pai bastante ausente.... Achas que por se divorciarem, será bom para as crianças passar de repente a estar o mesmo tempo com o pai e a mae?
Agora cada caso é um caso. E o que te digo é que "Regra geral", as leis são um papel que diz que pai e mãe tem os mesmo direitos, os dois partem de igual, mas no fim a mae ganha "quase" sempre.

Fsonecas,

E isso é uma realidade com que temos, infelizmente, de (sobre)viver todos.

Todos.... masculino. Porque era tão bonito ver as mulheres nesta luta contra a discriminação positiva.....

Fico feliz é de ver que cada vez mais mulheres se mostra receptiva a este tipo de soluçao. Deixa-me bastante contente.
E atençao que continuo a defender que obviamente não será a melhor solução para todos os casos....

fsonecas escreveu:

Repara, imagina um pai, que por força do trabalho, ou não, sempre foi um pai bastante ausente.... Achas que por se divorciarem, será bom para as crianças passar de repente a estar o mesmo tempo com o pai e a mae?

Mas esse não é o meu caso, o que me deixa ainda mais chateado. Sempre estive desde a 1ª hora ao lado delas mas também admito que por exigencias do meu trabalho a minha mulher consegue passar mais tempo com elas. POr exemplo consegue sair às 4 do trabalho e ir buscá-las enquanto que eu nunca consigo sair antes das 5.30. Agora acho que isso não lhe dá o direito de passar a semana toda com ela e eu só 15 em 15 dias.

NDRC escreveu:

Ola

Falei na guarda partilhada com a minha mulher e ela não acha boa ideia e diz que está decidida a levar as minhas filhas com ela.
Não sei que fazer...se por um lado não queria que esta separação já por si dolorosa fosse litigiosa e conflituosa por outro não me quero separar das minhas filhas que são a razão da minha existencia.
O que fazer neste caso? Que direitos tenho como Pai? Estou confuso e triste...

Olá!

Como Pai, tens os mesmos direitos que a mãe. E como tal, os mesmos deveres.

E não é por seres homem, que tens menos capacidades... e também não é por teres passado menos tempo com os filhos que agora eles e tu vão perder o direito a crescerem juntos. Pelo que contas, essa diferença de tempo não me parece assim tão relevante.



A pergunta a fazer é: Quais os direitos das crianças?

Olá!

Acho sinceramente que deves consultar um advogado para te orientar nas regras base do processo em termos de regulação de direitos parentais, mas acima de tudo tu e a mãe das crianças devem tentar chegar a um ponto de equlibrio, para que o processo não sejam ainda mais dificil para as crianças do que já é.
No meu caso, para que o pai pudesse estar mais tempo com elas, ficou acordado ir buscar e participar nas actividades extracurriculares e assim esta quase todos os dias com os miúdos.
Por muito dificil que possa ser tivemos de pôr de parte os nossos problemas e pensar no bem-estar dos nossos filhos.

[quote="Rocana"]

NDRC escreveu:

A pergunta a fazer é: Quais os direitos das crianças?

É verdade acima de tudo os direitos delas...
Obrigado pelo apoio fsonecas, Rocana, Luisa Lopes

Dividida,

Compreendo as tuas questões porque também já fui "madrasta", e de certa forma ainda sou porque mesmo separada pelo elo que se criou com os meus enteados eles nas férias ainda alternam uns dias em minha casa e na casa do pai e enquanto cá estão (vivem no exterior) andam sempre juntos com o meu filho, afinal são irmãos.

Eu sei que é difícil partilhar o teu marido com os filhos dele, principalmente não tendo vocês fins de semana apenas para vocês os dois. Penso que terem esses fins de semana apenas para vocês, nem que seja alguns, seria melhor.

Mas deverias ver que o pai deve estar a aproveitar o tempo que tem, e é de facto uma qualidade dele querer dar essa dedicação aos filhos dado que passa apenas uma pequena parte do tempo com eles.

Taqmbém deverias tentar não analisar tanto a relação que tem com a ex-mulher, eles que se entendam...

Essa é a tua família agora. Tens que arranjar forma de também te divertires com as crianças, de cirares elos, podes não te aperceber, mas és importante para eles, se a relação com os enteados correr bem eles nunca mais se esquecem e guardam-nos um respeito e carinho que nem nos apercebemos. Isso também é uma realização pessoal mesmo não sendo nossos filhos. Embora no início eles possam oferecer resistência, com o tempo eles começam a respeitar e apreciar, desde que percebam que genuinamente estejas empenhada em ser uma marca positiva na sua vida. Não penses que não tens importência, porque tens muito mais do que possas imaginar. Se a mãe não quer passar fins de semana com os filhos, isso é um problema dela, se for, afinal muitas vezes ouvimos adolescentes dizer que desabafam mais depressa com a madraste do que com os próprios pais.

Vais ter que aceitar tudo isso e gerir as coisas de forma a isso também ser um enriquecimento para ti, e como te digo, compreendo perfeitamente o que dizes porque já passei por isso, a falta de tempo com crianças que não são nossas, e que levam algum tempo a aceitar-nos. Mas depois dessa aceitação e criação de um elo, tem momentos muito bonitos e compensadores.

Agora é assim, também acho que devia haver tempo para vocês os dois e para programas de fim de semana a sós. Isso vai depender de uma conversa com o teu companheiro, pacífica, no sentido de equilibrar essa parte, e ele deverá compreender que tem que gerir 2 relações: a que tem contigo e a que tem com a ex-mulher e os filhos, tentando encontrar um consenso em que todos têm que ceder um pouco para não haver só um a ceder. Isso pode passar por alterações ao esquema da guarda, como por exemplo os filhos estarem com vocês também durante a semana e deixarem o fim de semana livre.

É complicado de gerir, mas é a conversa e acordo com todos os intervenientes que vai decidir isso.

Acham que este acordo pode ser aceite? Gostava da vossa opinião. A minha filha tem 9 anos e o meu filho 5 meses.


ACORDO DE REGULAÇÃO DO PODER PATERNAL


HHHHH e MMMMM, requerentes de divórcio por mútuo consentimento, chegaram ao seguinte acordo quanto á regulação do poder paternal dos seus filhos menores, FFFFF e MMMMM, nos seguintes termos:

1. Os requerentes concordam em manter o poder paternal conjunto dos seus filhos menores, mantendo-se ambos na qualidade de encarregados de educação.

2. A menor FFFFF, estará metade do tempo com o pai e a outra metade com a mãe (semanas alternadas), podendo qualquer um ver e estar com a menor sempre que pretender, sem prejuízo das horas de descanso e escolares da mesma.

3. O menor MMMMM estará metade do tempo com o pai e a outra metade com a mãe (semanas alternadas), podendo qualquer um ver e estar com a menor sempre que pretender, sem prejuízo das horas de descanso e escolares do mesmo. Até perfazer 1 ano, o menor estará com o pai apenas ás quartas e sábados, devendo este ir buscá-lo entre as 19 horas e as 22 horas do dia anterior e entregá-lo no mesmo horário nos dias a que este tem direito, salvo se houver acordo em contrário.

4. Os dias 24 e 25 de Dezembro, e 31 de Dezembro e 1 de Janeiro, bem como o dia de Carnaval e Domingo de Páscoa, serão passados repartidamente e de forma alternada com cada um dos progenitores, salvo se houver acordo em contrário.

5. Os menores passam com o pai o dia de aniversário deste e o dia do pai, e com a mãe o dia de aniversário desta e o dia da mãe. No dia de aniversário dos menores, estes tomam uma refeição com cada um dos pais, mediante acordo entre ambos.

6. Os menores passarão o período de férias repartidamente com o pai e com a mãe, passando um mês de férias com cada um, devendo estes acordar e comunicar um ao outro com uma antecedência mínima de 120 dias, os períodos de férias respectivos. Caso os períodos de férias dos pais sejam coincidentes serão repartidos equitativamente por ambos os progenitores, salvo acordo em contrário.

7. As férias de Natal, Carnaval, Pascoa e outras serão igualmente repartidas por ambos os progenitores, salvo acordo em contrário.

8. Importante - Deverão ser conciliados os períodos em que os dois menores permaneçam com cada um dos progenitores, de modo a que ambos estejam ao mesmo tempo com o mesmo progenitor e que permaneçam juntos no maior período de tempo possível.

9. Cada progenitor suportará as despesas quotidianas dos menores enquanto estiverem consigo. Os restantes encargos, referentes a vestuário, educação, saúde e outras, serão suportadas em partes iguais por ambos os progenitores.

10. Até o menor MMMMM perfazer um ano, o progenitor pai, entregará à progenitora mãe, a quantia mensal de XX, referente ás despesas quotidianas com o menor MMMMM, dado o período mais alargado que o mesmo terá com ela até essa data.

11. Os pais obrigam-se a cumprir este acordo e comprometem-se a resolver, por consenso, todas as questões pontuais e outras não previstas.


Lisboa, 23 de Maio de 2011



Os requerentes

Ola Rafael. O acordo tem tudo para ser aceite no entender comum. No entanto isso depende de quem o analisar.
Apenas acrescentaria no ponto 2, que podes estar com o menor sempre que entender desde que avise com antecedencia de x horas. por ex.
Boa sorte.

@Rafael,

concordo com o FSonecas. Pode não parecer importante agora, mas convém estipular um horário que preceda o aviso de um ou outro progenitor. Ás tantas, tens a ex a ligar que daí a 5 min. quer ir buscar o/ a filho/a, ou vice-versa.

Quanto ao acordo em si, parece-me bem, mas é a minha leitura...

Força aí.

Rafael Lopes,

O acordo está equilibrado.. vai tudo correr bem! Relax!

Abraço

Uma questão a quem me souber responder: como já disse aqui eu não assinei nenhum acordo, nada foi feito pelo tribunal, vivemos em comum e simplesmente dividimos as coisas, acertámos as despesas a meias e pronto, ficou assim.

Há alguma vantagem ou acham que deveria o acordo ser registado? Até agora não senti necessidade e não vejo problemas futuros, até porque tenho a mentalidade de que se um dia o pai não pagar a parte dele, vou ter que pagar eu e pronto.... acham que posso ficar prejudicada em alguma coisa por não ter firmado nenhum acordo oficialmente?

Sofiaa,

Se tudo correr bem nao te faz falta.. o problema é se há problemas e aí ninguem tem onde se agarrar.

Lês por aqui algumas historias que arrepiam, e olha q o "pai nao pagar a parte dele" pode ser o mais pequeno dos problemas...

Creio que nao há nada melhor que ter tudo legalmente tratado, e isso nao impede que facam tudo como querem e lhes pareca melhor no dia a dia.

Abraço

Sofia, lembro-me de quando escrevia o acordo com o meu ex e de dizermos um ao outro: «É melhor a gente ter isto bem definido, porque um dia ainda nos podemos chatear...» Assim, amigavelmente, juntos ponderámos essa hipótese...

bjinhos

Rafael, notei que não definiram o dia da semana em que as crianças, neste caso a tua mais velha, e mais tarde o teu bebé, vêm para a tua casa e, depois, voltam para a mãe. Não sei se isto é importante para vocês. No meu caso - e o meu acordo é bem mais simples do que o teu - a escolha do dia foi pensada.

Boa sorte, muita força, e muita calma para resolverem tudo da melhor forma possível.

Um abraço

Olá Rafael,

Quem me dera ter um acordo assim. Parece-me bem equilibrado.

Boa sorte

Boa Tarde,

Gostaria de saber se há a possibilidade de alterar os horários de fim de semana em que os meus filhos estão com o pai?

No fim de semana passado fui para fora, saí na sexta-feira à tarde. O fim de semana era do pai. Como tinha de estar no aeroporto a meia tarde entreguei os meus filhos nos meus pais. Pedi ao pai deles para os ir buscar aos avós na sexta-feira à noite por volta das 21h (hora em que ele sai do emprego).

Disse que não porque iria cumprir com o estipulado no acordo de poder parental!!! Por isso não os foi buscar mesmo sendo o fim de semana dele. Foi apenas buscá-los no Sábado de manhã às 10h tal como estipulado no acordo. Os meus pais tiveram de ficar com eles a dormir lá mas sem problemas porque adoram ter os netos com eles.

O pai dos meus filhos só fez isto por ciúmes e disse inclusive que não estava para fazer tudo o que eu mando, a vida inteira e que não estava para atender às minhas conveniências!!

Posto isto, acho que está na hora de o fim de semana do pai começar à sexta-feira à noite e não ao Sábado, não acham??!

Cumprimentos e obrigada.

busturenga escreveu:

Boa Tarde,

Gostaria de saber se há a possibilidade de alterar os horários de fim de semana em que os meus filhos estão com o pai?

No fim de semana passado fui para fora, saí na sexta-feira à tarde. O fim de semana era do pai. Como tinha de estar no aeroporto a meia tarde entreguei os meus filhos nos meus pais. Pedi ao pai deles para os ir buscar aos avós na sexta-feira à noite por volta das 21h (hora em que ele sai do emprego).

Disse que não porque iria cumprir com o estipulado no acordo de poder parental!!! Por isso não os foi buscar mesmo sendo o fim de semana dele. Foi apenas buscá-los no Sábado de manhã às 10h tal como estipulado no acordo. Os meus pais tiveram de ficar com eles a dormir lá mas sem problemas porque adoram ter os netos com eles.

O pai dos meus filhos só fez isto por ciúmes e disse inclusive que não estava para fazer tudo o que eu mando, a vida inteira e que não estava para atender às minhas conveniências!!

Posto isto, acho que está na hora de o fim de semana do pai começar à sexta-feira à noite e não ao Sábado, não acham??!

Cumprimentos e obrigada.

Possibilidade de alterar há mas para isso têm de refazer o acordo parental. Pelo que me parece o pai seguiu as regras do acordo...

Ele não vê que podia perfeitamente usufruir de mais uma noite com os filhos???!
Ele cumpriu com o estipulado sim mas depois de alguns meses de experiência, acho que o ideal seria ele ficar com eles à sexta-feira.

Afinal todos ficarão felizes, o meu mais velho já perguntou se iria ser assim pro ano. Nós vamos mudar de cidade e portanto afirmou que à semana já não estaria com o pai (situação que o pai já afirmou ser a mais certa) e que por isso gostava de estar mais tempo ao fim de semana.

Para além de tudo isto, dando-lhe a possibilidade de estar mais tempo ele não aproveita e depois manda sms e "bocas" a dizer que só serve de pai para pagar pensão de alimentos!!

Ele cumpriu o acordo, se poderia haver maior flexibilidade, poderia... mas para isso seria necessário serem os 2 a acordar sobre a mesma.

Alterar o acordo parental, não irá resolver o problema, pois da próxima vez que um tenha necessidade de uma excepção, voltarão ao mesmo...

Mais vale entenderem-se e serem mais flexiveis.

Para alterar o acordo parental, basta dirigir-me ao tribunal certo??