É possível a reaproximação?

Rc, vou contar uma coisa que me aconteceu esta semana.

Dou aulas. Quando me convidam.
E ensino aquilo que sei e em que acredito.
Ensino escolhas "óptimas" em "mundos" imperfeitos. A gente "crescidinha".
Pediram-me para falar de um tema actual em que o tempo provou que a escolha óptima era a escolha inicial. Ou seja ... no fim da batalha, voltámos à estaca zero.
Quase no fim da aula, um rapaz alto e loiro (e nada burro) vira-se para mim e pergunta:

-"Professora, desculpe! Será mesmo necessário? E porque é que voltamos sempre ao princípio? "

Fiquei a olhar para o rapaz.
Contive o saco lacrimal, a muito custo, diga-se a bem da verdade.
E respondi.
-"Porque a todo o momento podemos sempre escolher."

O que eu não disse foi que aquele rapaz estava sentado na mesma cadeira, na mesma sala (21) de aula onde há 21 anos fiz os meus exames de admissão. Sentado bem no meu princípio.
Fiquei de gatas.
E ainda não me recompus.

Tempo. Haja tempo, Rc.

Rc ,hoje eu entendo claramente a diferença entre estar no presente..ou reagindo o passado.parece que quando reagimos alguma memória só conseguimos passar por caminhos já traçados,e com isso limitamos nossas vidas a um mínimo de experiências...quando a vida na realidade nos oferece a cada segundo infinitas possibilidades.
isto me leva a crer quando estamos sob efeito inconsciênte de alguma menmória,nós repetimos respostas e experiências...tudo de velho e ultrapassado,sem sequer enxergar no presnte,nossa liberdade futura,vamos diminuindo a cada dia a chance de sermos felizes...quando nos adaptamos pouco a pouco ao que é ruim,ou o que é mais ou menos...passa o tempo e ficamos sem noção que estamos só com migalhas de amor ,quando é nosso direito cósmico sermos amados e felizes por inteiro.
"Cada um tem seu chá e sua receita" "O tempo é oSenhor de todas as coisas"

Iluminada

Tens razão não se pode ficar só pelas migalhas de amor...

Rc

O que contas é muito bonito e dá vontade de voltar atrás na decisão... mas só tu podes avaliar tudo, mas mesmo tudo. No entanto, tomes a decisão que tomares, vai com calma para não te magoares mais.

Iluminada... Gostei muito daquilo que escreves-te!!!

Rc, andei assim durante cerca de quatro anos... com a diferença que ninguem saiu de casa e temos filhos à mistura... e com casamento e namoro já lá iam 18 anos!!!
Já estamos divorciados e ele continua a dizer que me ama! Aliás no dia do nosso divorcio quando de lá saimos ele agarrou-se a mim no corredor a dizer que nunca me ia esquecer!!!! Mas também diz que não podemos estar juntos!!!!
Tenho perfeita consciencia que isso não corresponde à realidade... até porque ele tem outra (embora não admita).
Aquilo que eu acho é que por vezes nós queremos tanto da vida que nem paramos para apreciar o que temos...
No teu caso ele tinha acabado de passar por um momento dificil.... o assalto! E, por vezes esses são os momentos que nos fazem parar e pensar... Só que depois há dias mais risonhos e lá esquecemos outra vez o que temos do nosso lado!
Enfim! É a vida!!!

Pensa bem....

Muito, mas muito Obrigada a todos !!!
Não nego que ainda o amo e isso faz-me sofrer, pois seria tudo muito mais fácil se já não houvesse sentimento.
No meu caso, não há outra mulher, não houve violência física, perseguições, nada disso. Sempre foi tudo muito pacífico. Ao pé de muitas histórias que já ouvi e li, parece que o meu ex é um "santinho".
Tenho receio, não digo arrependida, mas receio ter-me precipitado na minha decisão de ter saído de casa e apressar o divórcio. Na altura não via outra solução...mas sempre disse que não fazia a mínima ideia se estava a agir bem ou não.
Tento pensar em mim, sinto que evolui muito espiritualmente. Consigo reconhecer a minha culpa pelo sucedido. No entanto a maior lição terá que ser aprendida por ele ...
Tenho provas e acredito piamente que o tempo será a melhor resposta.
Penso que o destino esteja a fazer o seu trabalho e lhe esteja a mostrar que abdicou da "mulher da vida dele" por meros caprichos e más influências.
Se para sermos felizes precisamos de passar por estas provações, então que assim seja ... se o destino entender que seremos mais felizes seguindo caminhos diferentes, então não há remédio e apenas aceitar ...simplesmente aceitar!

Mais uma vez Obrigada!
Vou dando notícias

Rc desejo-te as maiores felicidades... Escolhe para o presente e não para o futuro! Escolhe o que hoje te faz feliz....

browneyed girl escreveu:

Rc, vou contar uma coisa que me aconteceu esta semana.

Dou aulas. Quando me convidam.
E ensino aquilo que sei e em que acredito.
Ensino escolhas "óptimas" em "mundos" imperfeitos. A gente "crescidinha".
Pediram-me para falar de um tema actual em que o tempo provou que a escolha óptima era a escolha inicial. Ou seja ... no fim da batalha, voltámos à estaca zero.
Quase no fim da aula, um rapaz alto e loiro (e nada burro) vira-se para mim e pergunta:

-"Professora, desculpe! Será mesmo necessário? E porque é que voltamos sempre ao princípio? "

Fiquei a olhar para o rapaz.
Contive o saco lacrimal, a muito custo, diga-se a bem da verdade.
E respondi.
-"Porque a todo o momento podemos sempre escolher."

O que eu não disse foi que aquele rapaz estava sentado na mesma cadeira, na mesma sala (21) de aula onde há 21 anos fiz os meus exames de admissão. Sentado bem no meu princípio.
Fiquei de gatas.
E ainda não me recompus.

Tempo. Haja tempo, Rc.

Os crescidinhos acreditam em coisas mais fabulosos do que as crianças... escolhas "óptimas", ainda por cima em mundos "imperfeitos" (troquei as aspas de propósito...)? Que tal escolhas imperfeitas (porque humanas e desde logo sem a informação perfeita, mas com a toda a emoção) em mundos ainda mais imperfeitos? A Investigação Operacional aplicada ao casamento...

Parabéns!

Se puderem, RS, leiam os livros que falam de relações e tentem perceber o que é que falhou... para duas pessoas viverem juntas não basta amarem-se, têm que ter algumas regras básicas de convivência, que à as vezes se esquecem.

Dou-te um exemplo, se estivesses a partilhar uma casa com um colega não deixavas roupa suja no chão, não fumavas dentro de casa se ele não gostasse, dividiam as tarefas, etc... Estipulavam regras básicas de convivência.

Às vezes com os anos de casamento esquecemo-nos disso, tal é o à vontade que temos em relação à (ao) nossa (o) companheira (o).

Não sei o que se passou convosco (felizmente há um infindável número de caracteres e ainda um maior número de tipos de relações, cada relação é única). Os livros de ajuda para as relações (do tipo do "Gosto de ti, mas...") e que ensinam a manter relações bem sucedidas levantam alguns problemas típicos e talvez vos possam ajudar.

Um bocadinho mais de entusiasmo nessa reconciliação! Afinal se ainda há uma hipótese invistam. É o melhor investimento que podemos fazer RS, garanto-te.

E se virem que não dá mesmo tenham a coragem de voltar atrás. Não tenham medo nem de prosseguir nem de recuar. Os dois têm que se sentir bem, acima de tudo.

Que corra tudo bem...e tenta acreditar que irá resultar,

Sem acreditares é dificil.... Muitas felicidades !

RS,

RS
Nada acontece por acaso,toda experiência é válida,tudo tem o seu valor o importante é seu bem-estar,acredite que existeum mecanismo universal que conecta todas as peças...o amor é a chave

Desejo-lhe muita sorte e paz para toda família.

Abraços!!!

Muita boa sorte....e muita loucura...
SA

RS

desejo-te a maior sorte do mundo!

e tenta...nesta vida só nos devemos arrepender daquilo que deixámos de fazer

RS

Boa sorte... e investe na relação... só assim poderá resultar..isto se for feito pelos dois.

RS

Força, é sempre bom uma reconciliação, um tentar de novo, dar uma chance à família, mas desde que ambos se sintam bem e felizes.

Espero que vocês encontrem esse bem-estar.

Boa Sorte RS!

Obrigado a todos pelo apoio. Vou continuar a seguir o forum, pois encontrei aqui muita experiencia de vida partilhada e isso é bom

Um grande abraço para voces todos e sejam felizes

Fico muito feliz por ti RS..

Espero que corra tudo bem!!!!

E mesmo correndo tudo bem, não abandones aqui o forum. Eu tb voltei para o meu ex-marido (mas continuo Div..ina ).. e a partilha de experiências pode sempre ajudar, quer a nós quer aos outros.

RS,
Tudo de bom para a família! e que corra tudo bem!

RS,

Ainda não juntei os trapinhos, continuo Diva, mas também estou a dar uma nova oportunidade à minha relação, aliás, não estou a dar uma nova oportunidade, estou mesmo a começar de novo ... está tudo tão diferente, para melhor, crescemos os dois! Apercebemo-nos que não conseguimos viver um sem o outro.
Precisámos de levar este abanão, para acordar para a vida.
Espero e acredito que vais ser muito feliz. Basta que ambos queiram ser felizes e libertem-se do vosso ego

Muitos beijinhos e felicidades !!!

Olá, em resposta à tua questão aqui vai a minha modesta opinião:
Penso que ás vezes é muito difícil gerir o stress e as emoções, levando por vezes ao desespero total por parte de quem os vive. Daí a querer fugir de tudo é um passo! Mas tudo se resolveria se houvesse diálogo e as pessoas procurassem a ajuda do parceiro ao invés de se isolarem. É que dessa forma só agravam tudo, pois a sua forma de mostrar que não estão bem é através do mau humor e distanciamento em relação ao outro, que fica confuso com tudo isto.
A opção é estarmos atentos e ao mínimo sinal de que o outro não está bem, devemos tentar ouvi-lo, saber melhor o que sente e pensa e assim tentar ajudá-lo. Mais que não seja, ficarmos apenas pacientemente a seu lado, dizendo que se for necessário, nós estamos ali. E por vezes, era só isto que o outro precisava saber...
Talvez o teu parceiro tenha mesmo chegado à conclusão que precisa mesmo de ti. Que o sentimento ainda existe. Se for este o caso, todos nós nos enganamos alguma vez na vida e algumas vezes ainda vamos a tempo de corrigir os erros. Verdade??
Forcinha e jinho enorme

betamix escreveu:

olá a todos,

ando há algum tempo por aqui anónimamente a tentar compreender o que para mim não tem sido compreensível, mas só agora ganhei coragem e motivação para intervir

há 3 meses atrás fui surpreendida com um inesperado "quero terminar a nossa relação!". de facto o stress andava a afectar-nos reflexo de uma doença grave na família dele e um volume de trabalho superior ao normal associado à época de exames na universidade. apesar de ter sido evidente que as coisas não andavam bem com ele (algum mau humor), conversámos e eu cheguei à conclusão que era uma fase menos boa, afinal em 8 anos de vivência em comum sempre considerei que eramos um casal "exemplar", sem atritos, sem discussões e com bastantes afinidades.

foi como se uma bomba me tivesse caido em cima. ele saiu de casa...

durante 2 meses manteve-se sempre próximo (trabalhamos na mesma empresa), procura-me, conta-me o que faz e pergunta-me sobre o meu dia-a-dia. depois vieram as férias. todas as semanas recebi mensagens e no dia em que regressei (3 semanas depois) foi lá a casa levar-me uma prenda. acabou por ficar para o jantar e conversámos. disse-me que foi um impulso, estava cansado da rotina, que não estava a aguentar a pressão, pediu-me desculpa e manifestou-se arrependido, no entanto, diz não querer precipitar as coisas: precisa ter certezas. tem medo de voltar a sentir-se como naqueles momentos. e assim estou há cerca de um mês.

sei que o mais racional era "provocar" algum afastamento. também sei que certezas quanto ao futuro nunca as podemos ter. no entanto, não consigo afastá-lo e tenho mantido nesta última fase uma postura de amiga presente sempre que me procura.

a motivação que me leva a partilhar com vocês este momento da minha vida, é a procura de apoio e conselhos. alguém já passou por uma situação semelhante? será que haverá lugar à reconciliação?

obrigada por estarem aí...