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 Números da Violência Doméstica em Portugal

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tounessa
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MensagemAssunto: Re: Números da Violência Doméstica em Portugal Números da Violência Doméstica em Portugal - Página 2 EmptyDom Ago 08, 2010 1:06 pm

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MensagemAssunto: Re: Números da Violência Doméstica em Portugal Números da Violência Doméstica em Portugal - Página 2 EmptySeg Ago 09, 2010 3:59 pm

“ … Só 59 pessoas em Portugal estão a cumprir pena de prisão por violência doméstica … O número de condenados a penas de prisão está bem distante do de participações à polícia: 30.543 só no ano passado, o que dá 84 por dia … … Na maior parte dos casos, o inquérito morre à nascença. …

Dos 59 reclusos, 25 cumprem penas entre os três e os seis anos de prisão; 20 entre um e os três anos; oito entre os seis e os nove anos. Só quatro foram condenados a mais de dez anos de cadeia: a penas que oscilam entre 15 e 20 anos de prisão. Mas estes casos estão incluídos no grupo de 31 que, segundo a DGSP, responde por outros crimes, nomeadamente o homicídio tentado e consumado, a violação de domicílio, a ameaça, a detenção de arma proibida, a violação, o tráfico de droga e outras actividades ilícitas. …

Na opinião da procuradora Aurora Rodrigues, "este crime tem sido muito tolerado" pela sociedade portuguesa. "A recuperação destas pessoas para o direito devia passar pela interiorização da gravidade dos factos", o que implicaria "penas mais severas".

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MensagemAssunto: Re: Números da Violência Doméstica em Portugal Números da Violência Doméstica em Portugal - Página 2 EmptyDom Ago 15, 2010 3:02 pm

“ … O encontro entre Helder Rebelo, de 28 anos, e a ex-mulher, Ângela Mota, era destinado a entregar a filha à progenitora, depois de o homem ter gozado o dia de visita paternal com a filha. A criança, de quatro anos, acabou por ver o pai ser baleado pelo avó materno, anteontem à noite, na EN15, em Aparecida, Lousada. O homem, de 56 anos, que alega legítima defesa garantindo que a arma era da vítima, entregou-se de imediato à GNR …

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MensagemAssunto: Re: Números da Violência Doméstica em Portugal Números da Violência Doméstica em Portugal - Página 2 EmptySeg Ago 16, 2010 4:13 pm

“ … … "Assim que saí do carro vieram logo na minha direcção e uma delas saltou para cima de mim e mordeu-me no braço. A minha família veio em meu auxílio e foi então que surgiram os dois homens que nos esmurraram e pontapearam." É desta forma que Vítor Miranda resume a rixa que anteontem, ao início da noite, se desencadeou à porta de sua casa, na qual a sua filha, bebé de 13 meses, foi sequestrada pela própria mãe, de 22 anos, que se deslocou ao local acompanhada por três homens e duas mulheres, que terão agredido, ao murro e pontapé, toda a sua família, em Fânzeres, Gondomar. …”

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MensagemAssunto: Re: Números da Violência Doméstica em Portugal Números da Violência Doméstica em Portugal - Página 2 EmptyQua Ago 18, 2010 4:21 pm

“ … Neste exacto minuto há uma mulher a ser espancada pelo homem que amou. Uma mulher que não apresentará queixa das sevícias que sofre e aguentará calada, pensando no exemplo dessa Maria de Fátima que foi esfaqueada até à morte - 36 facadas - pelo homem de quem tinha apresentado queixa. O assassino de Maria de Fátima fora condenado por violência doméstica no ano passado. Dezasseis meses de pena suspensa.

Antes do fim dessa pena suspensa já tinha morto a mulher. É este o conselho que a Justiça portuguesa, indigna do nome, tem a dar às vítimas de violência: calem-se e aguentem. Quem se queixar acaba por morrer. Já vamos em 16 mulheres mortas pelos companheiros, só este ano. Escrevo domingo, 8 de Agosto: não sei se no sábado, quando este texto for publicado, o número não terá aumentado. Talvez não - cada mulher morta significa um número crescente de mulheres torturadas em silêncio.

Há mortos cujos gritos ecoam para lá da tumba, mortos que conseguem modificar as leis da vida - esses a que chamamos heróis. A herança destas mulheres mortas é mais triste do que a própria morte: resignação. O mínimo que podíamos fazer, em sua memória, era mudar a vida das outras.

Seria tão simples como isto: deixar de proteger os agressores. Uma excelente reportagem do jornal "Público" (7/8/2010) revelava que só 59 pessoas em Portugal estão a cumprir penas de prisão por violência doméstica - e o número de queixas, em 2009, foi de 30.543. A maior parte destas queixas foi arquivada. Porquê? Em primeiro lugar, pela arreigada tradição cultural que faz com que, em Portugal, 80 a 90 por cento dos processos judiciais sejam arquivados.

Em segundo lugar, por uma manigância legal de bradar aos céus: é possível pedir a suspensão provisória do processo. Ora muitas das queixosas, depois de devidamente instadas (leia-se: manipuladas ou aterrorizadas) pelos agressores, pedem a suspensão. As vítimas de violência doméstica sentem-se cúmplices dos seus verdugos. Eles são pessoas que elas amaram ou amam ainda, pessoas que as dominam psicologicamente. Acresce que a solução que as instituições de apoio podem dar às vítimas é escondê-las - ou seja, penalizá-las de novo. Isto porque os tribunais se recusam a entender que as casas de abrigo para a violência doméstica devem destinar-se aos agressores: essas casas existem e chamam-se prisões.

Frederico Marques, da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima, dizia à reportagem do "Público" que "há um receio dos magistrados na aplicação das penas e medidas de coacção privativas da liberdade, já que elas colidem com direitos fundamentais do agressor. Não é fácil dizer a uma pessoa que tem de sair da sua própria casa". Não há quem se revolte com a expressão "direitos fundamentais do agressor"? E porque será fácil dizer às vítimas que têm de sair da sua própria casa se não quiserem ser mortas? Porque é mais fácil desconsiderar os direitos fundamentais das mulheres? Porque elas se habituam a tudo? Porque elas não contam?

Maria José Magalhães, presidente da União de Mulheres Alternativa e Resposta, recorda que em Espanha a lei contra a violência de género retira o direito de paternidade ao agressor, enquanto em Portugal, mesmo que um pai esteja indiciado por crimes violentos, esse direito permanece. "Quem agride e maltrata a mãe dos seus filhos não é pai de ninguém" - recorda, e bem, Maria José Magalhães. Mas, em Portugal, permanece o entendimento de que os filhos são objectos dos seus progenitores biológicos: o que escandaliza os moralistas indígenas é que uma criança possa ser adoptada por uma pessoa homossexual; que um pai biológico agrida a mulher ou os filhos não lhes tira o sono - são coisas de família.

O psicólogo criminal Carlos Poiares preconiza "uma alteração legal que determine que, nos casos de violência doméstica, não pode haver suspensão de pena". Eis um princípio simples e eficaz. Já seria menos mau que os tribunais utilizassem as pulseiras electrónicas - das 50 disponíveis, só 9 estão a uso, não se percebe porquê.

Esta tragédia nacional não se resolve com boas intenções e campanhas de mentalização. Resolve-se respeitando e protegendo activamente as vítimas, isto é, afastando delas, das suas casas e vidas, os seus mil vezes anunciados assassinos. Para que dos sítios das mulheres mortas não continue a escutar-se apenas esse longo "chiiiiiiuuuu" que ofende o seu martírio, anulando-as e matando-as de novo.”

(Inês Pedrosa, in: [Apenas Administradores podem visualizar links] )
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tounessa
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MensagemAssunto: Re: Números da Violência Doméstica em Portugal Números da Violência Doméstica em Portugal - Página 2 EmptyTer Ago 31, 2010 4:09 pm

“ … Luvas postas e faca em cima da mesa, António Sousa esperou em casa pela mulher, a regressar do banco na Póvoa de Santo Adrião, Odivelas. Vítima de violência doméstica, aos 60 anos, Ilda nem assim podia imaginar os planos do marido para a manhã de ontem. Sem tempo de reacção, mal cruzou a porta da rua foi regada com petróleo … O isqueiro já estava a postos, para que fosse incendiada viva – mas a vítima conseguiu escapar e refugiar-se no café ao lado de casa, antes de lhe ser ateado o fogo. Queimada pelo petróleo, foi levada de urgência para o Hospital de Santa Maria, Lisboa, onde permanece internada em estado grave. E o marido agressor foi levado pela PSP. … “

(in: [Apenas Administradores podem visualizar links] )
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MensagemAssunto: Re: Números da Violência Doméstica em Portugal Números da Violência Doméstica em Portugal - Página 2 EmptyQui Set 02, 2010 4:22 pm

<embed src="http://rd3.videos.sapo.pt/play?file=http://rd3.videos.sapo.pt/SNAR6QBH65UnCEA6mN6b/mov/1" type="application/x-shockwave-flash" width="410" height="357" allowFullScreen="true"></embed>

“ … Ao Tribunal de Viseu, o rapaz, aluno do curso de Engenharia do Ambiente, no Instituto Politécnico de Viseu (IPV), admitiu que o relacionamento que mantinha com Joana Fulgêncio era conflituoso e com discussões frequentes.

A 17 de Novembro encontrou-se com a jovem estudante de comunicação social, no centro Comercial 'Forum', em Viseu, com o propósito de "conversarem" e "fazerem as pazes", seguindo depois para um pinhal, em Teivas, que frequentavam para "fazer amor".

Durante a manhã da primeira sessão de julgamento, o arguido admitiu que, neste mesmo pinhal e após discutirem, foi à bagageira do seu carro e pegou numa marreta, que adquiriu dias antes numa viagem a Madrid, "para assustá-la e parar com a discussão".

David S. conta que a namorada o viu com a marreta na mão, mas que lhe disse não ter medo e já não querer mais nada com ele, virando-lhe as costas.

"Ela virou-se e eu explodi para cima dela", confessou, admitindo ainda que há momentos em que explode e que destrói tudo o que lhe aparece na frente, apontando como exemplo uma situação em que atirou a sua mãe pelas escadas.

O jovem, que alega não saber lidar bem com situações em que é contrariado ou rejeitado, disse ainda ao tribunal que tem uma vaga ideia de que desferiu duas pancadas na cabeça da namorada com uma marreta.

Posteriormente, colocou-lhe um saco de plástico na cabeça, "para não ver como ela estava" e arrastou-a "pelas pernas para dentro do carro".

O estudante contou que depois de ter feito vários quilómetros de carro, seguiu em direcção à Barragem de Fagilde, e depois de uma tentativa de suicídio de que se arrependeu, atirou o carro a trabalhar, em ponto morto e destravado, como corpo de Joana para uma ravina.

Durante a sessão de julgamento, David S. justificou a compra da marreta por viver com receio, depois de uma discussão e ameaças que alega ter tido numa discoteca, ao ver rapazes a dançar com a sua namorada.

Uma versão diferente da que apresentou em primeiro interrogatório judicial, em que justificou a compra como meio de defesa, depois de um assalto.

"Na altura estava muito nervoso. Não queria que pensassem que era má pessoa", sustentou.

Ainda durante a manhã, o tribunal ouviu os testemunhos do dono do bar onde David S. foi bater à porta e que chamou a polícia e os bombeiros e ainda o homem que lhe vendeu a marreta.

Numa versão inicial, o arguido tinha contado que tinha sido vítima de carjaking.

Durante a manhã, várias dezenas de pessoas concentraram-se na entrada e átrio do tribunal de Viseu, à espera que o arguido entrasse.

A sua entrada já tinha acontecido bem mais cedo, no entanto, amigas da vítima exibiram uma faixa negra a exigir justiça, assim como algumas t-shirts a pedir pena máxima para o autor do crime.

O julgamento prossegue durante a tarde. …”

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hel
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MensagemAssunto: Re: Números da Violência Doméstica em Portugal Números da Violência Doméstica em Portugal - Página 2 EmptyQui Set 02, 2010 4:42 pm

o meu processo ainda aguarda data para julgamento.
curiosamente, como naquele dia me defendi, passei de vítima a agressora e tenho também uma acusação por agressão física... porque o Sr., nunca perdoou que tivesse chamado a polícia...fantástica esta vida...
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xela
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MensagemAssunto: Re: Números da Violência Doméstica em Portugal Números da Violência Doméstica em Portugal - Página 2 EmptyTer Set 14, 2010 9:20 am

Eu vim agora mesmo do tribunal, fui prestar declarações sobre (mais) uma queixa sobre o imbecil...

Desde Junho que tenho um documento que me denomina de Vítima de Violência Doméstica...
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luanegra
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MensagemAssunto: Re: Números da Violência Doméstica em Portugal Números da Violência Doméstica em Portugal - Página 2 EmptyTer Set 14, 2010 10:46 am

custa me a acreditar que em pleno seculo xxi ainda existam casos destes...ainda existam "monstros " capazes de exercer algum tipo de violencia sobre as suas companheiras/os...sinceramente é revoltante.
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tounessa
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MensagemAssunto: Re: Números da Violência Doméstica em Portugal Números da Violência Doméstica em Portugal - Página 2 EmptyTer Out 05, 2010 5:02 am

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… … … … … a violência doméstica no seu esplendor … … … …

....................................................................................

“ …Factos provados

1. O arguido contraiu matrimónio com a ofendida Z. em 9 de Outubro de 1970.

2. P e J encontram-se registados como sendo filhos do arguido e da ofendida.

3. O casal identificado em 1) fixou a sua residência, desde sempre, em…., Ferreira do Zêzere.

4. A aludida relação conjugal foi pautada, desde o início, por agressões físicas e verbais por parte do arguido a Z.

5. Com efeito, o arguido desferia, quase todas as semanas, murros, bofetadas e pontapés em Z, apelidando-a de “puta”, “cabra” e “vaca” e arremessando-lhe, em número de vezes não concretamente apurado, paus e pratos.

6. Nesta sequência, em virtude de ter sofrido pelo menos um acidente vascular cerebral, Z passou a ser acompanhada, a partir de 1 de Dezembro de 2006, pela Associação de Melhoramento e Bem Estar Social de …, permanecendo no Centro de Dia da mesma durante todo o dia e regressando pelas 17h30, para pernoitar na sua residência.

7. Para o efeito, elementos da aludida Associação iam buscar a ofendida a sua casa cerca das 9 horas dos dias úteis, indo deixá-la pelas 17h30 desses dias.

8. No dia 9 de Outubro de 2007, em hora não concretamente apurada, mas entre as 17 e as 23h59, o arguido desferiu um murro no olho esquerdo de Z.

9. No dia 23 de Dezembro de 2007, pelas 19h45, dentro da residência aludida em 3), o arguido dirigiu-se a Z e afirmou: “sua grande puta, sua grande vaca, tu não trabalhas porque não queres, caminha, caminha”, desferindo-lhe, seguidamente, diversos murros na cabeça, faces e tronco, empurrando-a e arrastando-a pelo chão.

10. Em consequência dos factos descritos, Z sofreu equimose em ambas as regiões malares, equimose do pólo superior da orelha direita, equimose da região lombar direita com três centímetros de comprimento por dois de largura, equimose da face interna do braço direito com 6 centímetros de comprimento e dois de largura, equimose com dois centímetros de diâmetro na face externa do braço esquerdo.

11. Tais lesões demandaram-lhe um período de dez dias de doença, sendo cinco com afectação da capacidade para o trabalho.

12. Desde 1 de Setembro de 2008 que Z está internada na Santa Casa da Misericórdia de Ferreira do Zêzere.

13. O arguido agiu livre, voluntária e conscientemente, com o propósito concretizado de molestar a ofendida no seu corpo e saúde, causando-lhe dores, bem como um permanente medo, perturbação e um clima de terror nocivo à sua estabilidade emocional, bem sabendo que a sua conduta era proibida e punida pela lei penal.

14. O arguido actuou sempre dentro da residência da família.

15. No momento aludido em Cool, em virtude de acidente vascular cerebral que Z sofreu no decurso do ano de 2007, a mesma só conseguia locomover-se através do uso de uma cadeira de rodas.

16. À excepção do dia 28 de Dezembro de 2007, o arguido impediu, em todo o período em que a ofendida foi acompanhada no Centro de Dia aludido em 6), que a mesma fosse levada pelas técnicas que a acompanhavam em tal local para efectuar tratamentos médicos.



17. O arguido impediu igualmente a ofendida de se deslocar nas actividades do Centro de Dia, designadamente, a uma exposição.

18. A ofendida chorava muito frequentemente, sendo que durante o ano de 2007 e até ser internada na Santa Casa da Misericórdia, o fazia com mais predominância nos momentos em que chegava a casa, manifestando vontade de não sair da companhia das técnicas auxiliares.

19. Durante o ano de 2008, até ser internada na Santa Casa da Misericórdia de Ferreira do Zêzere, a ofendida, por vezes, chorava e tremia quando via o arguido, ainda que na presença das técnicas auxiliares.

20. Durante o período em que foi acompanhada no Centro de Dia identificado em 6), com maior incidência no final de 2007, a ofendida apresentava-se sempre suja e descuidada quando era recolhida, de manhã, pelas técnicas identificadas em 7), não sendo capaz de prover, sozinha à sua higiene.

21. Durante o período aludido em 20), a ofendida apresentava, quase todos os dias, hematomas em várias zonas do corpo, nomeadamente na zona das virilhas e das nádegas.

22. O arguido é tido na comunidade que o rodeia como uma pessoa violenta e quezilenta.

23. O arguido recebe € 315 a título de reforma e presta serviços de agricultura, auferindo por conta desses serviços, em média, a quantia mensal de € 240.

24. O arguido despende € 133 com a mensalidade da Santa Casa da Misericórdia onde se encontra internada a ofendida.

25. O arguido tem casa própria e vive com o seu filho J.

26. O arguido confessou parcialmente os factos que lhe foram imputados, mas não manifestou arrependimento dos actos por si cometidos.

27. O arguido não tem antecedentes criminais

… …

Decisão … Deve ser suspensa a execução da pena … (in:

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MensagemAssunto: Re: Números da Violência Doméstica em Portugal Números da Violência Doméstica em Portugal - Página 2 EmptySeg Fev 07, 2011 2:29 pm

43 mulheres foram mortas em Portugal em 2010, vítimas de violência doméstica.
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MensagemAssunto: Re: Números da Violência Doméstica em Portugal Números da Violência Doméstica em Portugal - Página 2 EmptySeg Fev 07, 2011 3:34 pm

Triste...muito triste!
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MensagemAssunto: Re: Números da Violência Doméstica em Portugal Números da Violência Doméstica em Portugal - Página 2 EmptyTer Fev 15, 2011 9:21 am

Eu diria vergonhoso...
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MensagemAssunto: Re: Números da Violência Doméstica em Portugal Números da Violência Doméstica em Portugal - Página 2 EmptySáb Fev 19, 2011 4:40 pm

xela escreveu:
Eu vim agora mesmo do tribunal, fui prestar declarações sobre (mais) uma queixa sobre o imbecil...

Desde Junho que tenho um documento que me denomina de Vítima de Violência Doméstica...

desculpa mas que documento é esse
eu já fui vitima de inumeras situações em que o meu ex-marido me tentou matar, ameaçou, e tudo o que se possa imaginar, no entanto as coisas não andam e quando a minha mãe tentou ajuda junto da judiciária ainda disseram "minha sehora somos muito bons mas sem corpo não temos pistas para seguir"! De facto é o que sentimos, que só quando ele consegur o que quer é que dizem que afinal o caso já estava sinalizado e afinal eu não fazia queixa para chatear era mesmo porque o Sr GNR é pior do que aqueles que fiz que apanha na sua profissão.
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MensagemAssunto: Re: Números da Violência Doméstica em Portugal Números da Violência Doméstica em Portugal - Página 2 EmptyDom Fev 20, 2011 1:35 pm

o documento que a xela fala e do estatudo de vitima de violencia doméstica


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MensagemAssunto: Re: Números da Violência Doméstica em Portugal Números da Violência Doméstica em Portugal - Página 2 EmptyTer Mar 15, 2011 4:49 pm

Um trabalho muito interessante sobre violência doméstica:


“ … A violência doméstica é um temário actual, não apenas em Portugal, mas em todos os países do nosso espaço cultural, objecto de particular atenção por banda de políticos, juristas, sociólogos, psicólogos e toda a espécie de curiosos, sobretudo se ligados a grupos de pressão com intervenção social. Apesar disso não se trata de um problema novo, antes de um complexo problema social, de todos os tempos, que o devir comunitário e a crescente consciência colectiva sobre a dimensão e efectividade dos direitos, vem impondo. Isso tem trazido a terreiro novas interrogações, emergentes dos choques e contradições que vão surgindo, ao nível das representações sociais, das tradições e da cultura a muitos títulos ainda dominante na nossa sociedade. Não obstante, por todo o lado se tem vindo a sedimentar a ideia da tolerância zero. …”

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MensagemAssunto: Re: Números da Violência Doméstica em Portugal Números da Violência Doméstica em Portugal - Página 2 EmptyQua Mar 16, 2011 12:56 pm

Ontem a minha assistente contou-me uma conversa de uma amiga que estava a queixar-se (junto a um grupo de amigas) que estava chateada com o namorado porque este lhe bateu. Uma das outras amigas respondeu muito espantada: "E é por isso que estás chateada?! Eu ainda ontem dei um grande estalo ao meu namorado e ele também me bateu e não é por isso que nos zangámos!", como se fosse a coisa mais natural e normal do mundo. Essa menina diz que às vezes se chateia muito com ele e que lhe bate e ele também faz o mesmo, mas que depois fazem as pazes...
Saliento que são pessoas com 20 anos e formação média (própria da idade)! E muitas pensam e agem da mesma maneira...
Que medo do futuro!
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MensagemAssunto: Re: Números da Violência Doméstica em Portugal Números da Violência Doméstica em Portugal - Página 2 EmptyQua Mar 16, 2011 3:29 pm

Bem, arrepiante.

Estive agora a dar uma vista de olhos pelos posts e por um lado não me espanta o nivel de agressividade existente, por outro, incomoda-me o facto de alguém se sujeitar a maus-tratos depois de uma primeira vez.

Creio que a violência doméstica é mais frequente porque é para casa que as pessoas levam os problemas acumulados.

Acho que devia haver condições para as pessoas descarregarem energias de fúria, antes de entrar em casa. Tipo um saco de pugilismo do lado de fora da porta. Acham que ajudava?

Lembro-me de num qualquer país do norte da Europa, onde a violência nocturna era alarmante, implementaram, em parques de sucata, meios para descarregar fúrias. Simplesmente, havia um espaço, entregavam uma marreta à pessoa que lá ia, e essa pessoa podia partir tudo o que estivesse à sua volta, durante X tempo.
Ao que sei, deu resultado, a curto prazo, na redução da violência nocturna, naquele local.
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MensagemAssunto: Re: Números da Violência Doméstica em Portugal Números da Violência Doméstica em Portugal - Página 2 EmptyQui Mar 17, 2011 6:44 am


Eu acho que principalmente aceitam e fazem o que sempre viram fazer em casa...
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MensagemAssunto: Re: Números da Violência Doméstica em Portugal Números da Violência Doméstica em Portugal - Página 2 EmptyQui Mar 17, 2011 9:55 am

Adorei a ideia do saco de boxe à entrada de casa!
Eu, à falta disso, estou a pensar inscrever-me outra vez numa arte marcial ou num desporto de luta (já treinei judo), talvez em full contact ou algo similar onde haja sempre sacos de boxe para descarregar as frustações. Smile
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MensagemAssunto: Re: Números da Violência Doméstica em Portugal Números da Violência Doméstica em Portugal - Página 2 EmptyQui Mar 17, 2011 11:56 am

asofia escreveu:
xela escreveu:
Eu vim agora mesmo do tribunal, fui prestar declarações sobre (mais) uma queixa sobre o imbecil...

Desde Junho que tenho um documento que me denomina de Vítima de Violência Doméstica...

desculpa mas que documento é esse
eu já fui vitima de inumeras situações em que o meu ex-marido me tentou matar, ameaçou, e tudo o que se possa imaginar, no entanto as coisas não andam e quando a minha mãe tentou ajuda junto da judiciária ainda disseram "minha sehora somos muito bons mas sem corpo não temos pistas para seguir"! De facto é o que sentimos, que só quando ele consegur o que quer é que dizem que afinal o caso já estava sinalizado e afinal eu não fazia queixa para chatear era mesmo porque o Sr GNR é pior do que aqueles que fiz que apanha na sua profissão.

Tal como o rei de espadas disse é um documento que me foi dado pela polícia e que me dá esse estatuto... o que me ajuda no sentido em que se o imbecil voltar à carga pode ir logo preso... claro que depois sai logo, mas do susto não se livra.
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tounessa
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MensagemAssunto: Re: Números da Violência Doméstica em Portugal Números da Violência Doméstica em Portugal - Página 2 EmptySex Mar 18, 2011 4:26 pm

[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]

“ … O Tribunal de Vila do Conde condenou esta sexta-feira o casal acusado de violar os três filhos, de 9, 11 e 13 anos. O homem, de 39 anos, teve uma pena de oito anos e meio de prisão, enquanto a sua mulher, de 30 anos, foi condenada a seis anos e meio.
O colectivo de juízes deu ainda como provados quase todos os factos que constam da acusação.
Segundo o Ministério Público, as crianças terão sido forçadas a manter contactos sexuais entre si, com os pais e com o cão que pertencia à família.
O caso foi denunciado pela criança de nove anos, que confessou tudo à sua professora.

in: [Apenas Administradores podem visualizar links]
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MensagemAssunto: Re: Números da Violência Doméstica em Portugal Números da Violência Doméstica em Portugal - Página 2 EmptyQua Mar 23, 2011 4:41 pm

Brasil: Filmado a tentar matar ex-mulher em elevador, mulher essa que não queria denunciá-lo.

“ … Um homem inconformado com o fim do casamento, que tentou matar a ex-mulher dentro do elevador do edifício onde ela trabalha, em Florianópolis, capital do estado brasileiro de Santa Catarina, imaginando que não deixaria provas, enganou-se e pode ser preso a qualquer É que o elevador possui câmaras de vigilância, que gravaram todos os actos do homem, identificado pela polícia como Claverson Cabral de Jesus.
Nas imagens, entregues terça-feira à polícia, vê-se Claverson entrar no elevador, onde não estava mais ninguém, na companhia da ex-mulher, Maria de Fátima Barros, com quem ele tentava em vão reatar o casamento.
Assim que as portas do elevador se fecharam, Claverson começou a agredir Maria de Fátima com socos e pontapés e, a certa altura, tirou o cinto das calças e utilizou-o para tentar estrangular a ex-mulher, que se debateu e resistiu.
O homicídio talvez só não tenha sido consumado porque o elevador parou subitamente num andar e uma colega e amiga de Maria de Fátima entrou.
Ao vê-la naquela situação, a outra funcionária gritou por socorro e Claverson fugiu a correr do edifício.
Tudo isso ocorreu no sábado, dia 19, mas Maria de Fátima, sem saber o que fazer e não querendo denunciar o ex-marido, só foi apresentar queixa nesta segunda-feira.

Mesmo assim, só o fez porque, de acordo com o seu depoimento, Claverson continuou a telefonar-lhe, ameaçando matá-la se ela não voltasse para ele.

Ao saber que o edifício onde Maria de Fátima trabalha tem câmaras nos elevadores, a polícia requisitou as imagens, que só foram entregues terça-feira.

Na posse das imagens a inspectora que cuida do caso solicitou à Justiça a prisão preventiva de Claverson, o que deverá ocorrer ainda nesta quarta-feira. “

(in: [Apenas Administradores podem visualizar links] )



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MensagemAssunto: Re: Números da Violência Doméstica em Portugal Números da Violência Doméstica em Portugal - Página 2 EmptyDom Mar 27, 2011 3:21 pm

… e da fêmea britânica, livrai-nos Senhor!

“ … Não é o exemplo mais comum, mas acontece. Uma mulher foi condenada a sete anos de cadeia por violência doméstica. Aquilo que fazia ao marido era tão horrível que custa a crer. Ainda mais difícil é perceber o motivo por que a vítima não reagia. A explicação deita luz sobre as armadilhas psicológicas que tornam esse género de situações - seja homem ou mulher o agressor - tão difíceis de escapar para quem as sofre.

O caso teve lugar em Inglaterra. Ian McNicholls, um homem de classe média-baixa sem emprego fixo (ele refere-se aos trabalhos que vai tendo como 'projectos') envolveu-se com uma mulher chamada Michelle Williamson. Michelle não era grande - na verdade, era até um bocado mais pequena que ele. Mas era muito mais aguerrida. E tinha dois irmãos no crime organizado.

Michelle meteu na cabeça que Ian olhava com demasiada atenção para certas amigas dela. Ou seria apenas um pretexto. Da primeira vez que o argumento surgiu, o resultado foi um murro dado com tal força que abriu a cara de Ian.

Nesse momento ele interrompeu a relação e foi viver para sua casa, retomando a vida pacata que sempre tivera, incluindo idas regulares ao pub e ao futebol. Mas Michelle mandava-lhe mensagens e fazia telefonemas onde garantia que não voltaria a repetir o ataque. Ian cedeu.

Como é típico dessas situações, a promessa pouco ou nada valia. Ian depressa se viu sujeito a uma variedade de agressões físicas e psicológicas.

Na sua descrição, que foi comprovada em tribunal, a violência ia desde detergente derramado nos olhos e cigarros enfiados no nariz até ferro-de-engomar aplicado nas omoplatas e nos braços, passando por pancadas com um martelo nos ombros (ele ainda tem lá a cova) e com o aspirador na cara. Também houve a altura em que a água a ferver de uma chaleira lhe invadiu o corpo todo.

Escusado será dizer que Michelle comandava a vida inteira do parceiro. As horas de comer, de ir para a cama, de levar, eram determinadas por ela. Ian estava cada vez mais isolado do mundo externo. Não se encontrando a trabalhar, vivia como um eremita.

Os amigos que telefonavam mal podiam falar com ele, pois Michelle arranjava logo qualquer tarefa urgente. E a seguir aos ataques, era habitual Ian - visivelmente danificado - ser enviado a uma loja buscar qualquer coisa. Como que para exibir o troféu de mais uma performance bem sucedida.

Perplexidade óbvia: porque não se defendia a vítima? Ian explica que gostava da mulher, que a violência não é solução. Sobretudo, lembra que ela tinha os tais dois irmãos, cujas actividades e brutalidades não se cansava de referir a Ian. A implicação era que, se ele se quisesse separar, sabia o que arriscava.

Também teve importância o facto de Ian achar que não seria levado a sério caso se fosse queixar.

Finalmente, chegou o dia em que um vizinho (Ian garante ainda hoje desconhecer quem foi) o viu em tal estado que informou a polícia. Quando esta chegou, Michelle perguntou ao marido o que fizera dessa vez, como se ele jamais tivesse tido problemas criminais. Mas a polícia, que não era cega, separou logo os dois.

Ian foi levado para uma carrinha lá fora. O funcionário experiente que falou com ele perguntou-lhe se as agressões cujos efeitos eram tão visíveis haviam sido causadas pela outra pessoa na casa. Ele começou por negar. O agente insistiu, fez-lhe notar que ali, entre aquelas paredes, ninguém lhe faria mal. Ainda hoje ele chora nas entrevistas quando recorda o momento em que finalmente respondeu 'sim' à pergunta.

Um mês de exames físicos e psiquiátricos - a ele e a Michelle - produziram diagnósticos que não deixaram quaisquer dúvidas ao juiz. Hoje em dia Ian, claramente gasto e envelhecido pela experiência, fala em público como forma de inspirar outras pessoas a ganharem coragem para denunciar situações idênticas.

Segundo as estimativas de uma organização britânica especializada em violência doméstica, até cerca de 40% poderão ser homens. …”

(in: [Apenas Administradores podem visualizar links] )


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